“É um
êxito espetacular”, disse Sevilla à agência EFE em Quito.
“Cresceu
muito a venda de frutas, vegetais e flores. E estamos esperando algo
espetacular, que é a abertura do mercado brasileiro para dois
produtos equatorianos emblemáticos: a banana e o camarão”,
comentou.
Estes
dois produtos não podem entrar no Brasil por questões sanitárias
que Sevilla espera que se resolvam antes do fim do ano.
Segundo o
diplomata, apesar do Brasil ser produtor de banana, “há uma
oportunidade extraordinária” para a comercialização da fruta
equatoriana, pois, em sua opinião, a equatoriana é de “melhor
qualidade”.
Ainda
assim, expressou sua esperança de que no próximo ano, outros
produtos entrem no mercado brasileiro e que, além disso, se promova
o país para atrair turistas do Brasil, uma nação na qual, nas
palavras de Sevilha, “há um boom econômico espetacular”.
O Governo
trabalha na possibilidade de estabelecer um voo direto, e há “várias
companhias interessadas” e está “pronto um acordo
aerocomercial”.
Ainda que
não tenha informado números absolutos sobre o comércio, apontou
que a balança comercial é deficitária para o Equador, que compras
do Brasil aviões e maquinários, além de outras coisas.
Por isso,
o Governo tentará reduzir o déficit com o ingresso de novos
produtos no Brasil e com turismo.
“No
comércio, com um gigante como o Brasil, jamais poderemos ter a
balança comercial equilibrada”, disse o diplomata, que espera que
isso seja compensado com investimentos e créditos brasileiros.
Sevilla,
que é embaixador do Equador no Brasil há um ano, assegurou que as
relações entre os países estão em um bom momento e que os dois
países apostam na integração regional sem descuidar dos sócios
tradicionais do resto do mundo.
Também
se mostrou satisfeito pela aproximação cultural e destacou a
exposição de cerca de 400 peças da obra do pintor equatoriano
Oswaldo Guayasamín, inaugurada em agosto em Brasília.
Segundo o
diplomata, até agora 50.000 pessoas visitaram a exposição e os
organizadores da mostra preveem que ao fim da exposição, em 14 de
outubro, esta cifra chegue a 100.000 pessoas.
O
embaixador também destacou as coincidências políticas entre
Equador e Brasil marcadas, por exemplo, na União de Nações
Sul-americanas (Unasul).
O
diplomata disse que o Brasil é para o Equador um “irmão” no
político e um “sócio próximo” no comercial, a medida que os
países ampliam sua cooperação na área cultural.
“Vivemos
afastados: nós olhando para o norte e os brasileiros para a Europa.
Agora é hora de nos encontrarmos”, disse o diplomata ao garantir
que agora os dois países estão se olhando entre si.
Fonte: Jornal El Universo
Fonte: Jornal El Universo