segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Exportações do Equador para o Brasil sobem 130%, segundo embaixador

As exportações do Equador para o Brasil subiram 130% no ano até agora, graças, especialmente, a venda de frutas e legumes, segundo o embaixador do Equador em Brasília, Horacio Sevilla, que destacou o bom momento nas relações entre os dois países.

“É um êxito espetacular”, disse Sevilla à agência EFE em Quito.

“Cresceu muito a venda de frutas, vegetais e flores. E estamos esperando algo espetacular, que é a abertura do mercado brasileiro para dois produtos equatorianos emblemáticos: a banana e o camarão”, comentou.

Estes dois produtos não podem entrar no Brasil por questões sanitárias que Sevilla espera que se resolvam antes do fim do ano.

Segundo o diplomata, apesar do Brasil ser produtor de banana, “há uma oportunidade extraordinária” para a comercialização da fruta equatoriana, pois, em sua opinião, a equatoriana é de “melhor qualidade”.

Ainda assim, expressou sua esperança de que no próximo ano, outros produtos entrem no mercado brasileiro e que, além disso, se promova o país para atrair turistas do Brasil, uma nação na qual, nas palavras de Sevilha, “há um boom econômico espetacular”.

O Governo trabalha na possibilidade de estabelecer um voo direto, e há “várias companhias interessadas” e está “pronto um acordo aerocomercial”.

Ainda que não tenha informado números absolutos sobre o comércio, apontou que a balança comercial é deficitária para o Equador, que compras do Brasil aviões e maquinários, além de outras coisas.

Por isso, o Governo tentará reduzir o déficit com o ingresso de novos produtos no Brasil e com turismo.

“No comércio, com um gigante como o Brasil, jamais poderemos ter a balança comercial equilibrada”, disse o diplomata, que espera que isso seja compensado com investimentos e créditos brasileiros.

Sevilla, que é embaixador do Equador no Brasil há um ano, assegurou que as relações entre os países estão em um bom momento e que os dois países apostam na integração regional sem descuidar dos sócios tradicionais do resto do mundo.

Também se mostrou satisfeito pela aproximação cultural e destacou a exposição de cerca de 400 peças da obra do pintor equatoriano Oswaldo Guayasamín, inaugurada em agosto em Brasília.

Segundo o diplomata, até agora 50.000 pessoas visitaram a exposição e os organizadores da mostra preveem que ao fim da exposição, em 14 de outubro, esta cifra chegue a 100.000 pessoas.

O embaixador também destacou as coincidências políticas entre Equador e Brasil marcadas, por exemplo, na União de Nações Sul-americanas (Unasul).

O diplomata disse que o Brasil é para o Equador um “irmão” no político e um “sócio próximo” no comercial, a medida que os países ampliam sua cooperação na área cultural.

“Vivemos afastados: nós olhando para o norte e os brasileiros para a Europa. Agora é hora de nos encontrarmos”, disse o diplomata ao garantir que agora os dois países estão se olhando entre si.

Fonte: Jornal El Universo

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